A criminalidade de um país (e, menos ainda, a sua violência) não pode confundir-se com a imagem que dela apresenta a estatística judiciária. Seja qual for o campo em que pretenda incidir, a estatística é um trabalho de «construção», a que seria absurdo atribuir «o poder de dizer a realidade». Assim, ao debruçarmo-nos sobre a estatística judiciária, não é inútil interrogarmo-nos sobre o que ela encobre ou exclui: Quem escapa à polícia? Quem, uma vez preso, escapa à justiça? Quem, uma vez julgado, escapa à prisão, etc.? Num contexto histórico em que a estatística era chamada a estabelecer o «estado moral» da sociedade3, já o autor do nosso primeiro grande estudo de estatística criminal precisava não poderem as estatísticas «servir para só por elas se aquilatar o grau de moralidade de um povo», que mais não fora por causa de todos os que a elas escapam - «uns porque o acto que praticam não é juridicamente considerado como crime e outros porque de várias formas se eximem à expiação da pena imposta pela lei»
Editeur : Etnográfica Press
Publication : 15 mai 2019
Intérieur : Noir & blanc
Support(s) : Livre numérique eBook [PDF + ePub + Mobi/Kindle + WEB]
Contenu(s) : PDF, ePub, Mobi/Kindle, WEB
Protection(s) : Marquage social (PDF), Marquage social (ePub), Marquage social (Mobi/Kindle), DRM (WEB)
Taille(s) : 2,61 Mo (PDF), 2,09 Mo (ePub), 5,06 Mo (Mobi/Kindle), 1 octet (WEB)
Langue(s) : Portugais
Code(s) CLIL : 3100
EAN13 Livre numérique eBook [PDF + ePub + Mobi/Kindle + WEB] : 9791036516290
EAN13 (papier) : 9789722006781
Emmanuelle Cheyns, Nicolas Bricas
9,99 €
6,99 € 5,99 €