Numa época em que se encetavam, em Portugal, os primeiros passos para a actividade de teorização e de crítica literárias, importa realçar o papel dos académicos eborenses de inícios de Seiscentos, protagonistas principais da polémica em torno da epopeia camoniana, dos cânones do género e das questões levantadas pela recepção da Poética aristotélica. Na vanguarda desse movimento, o destaque vai para Manuel Severim de Faria, promotor de urna vasta rede de sociabilidades e membro fundador das academias literárias eborenses, as primeiras em territόrio português. O discurso de erudição critica que esses comentadores produziram, para além dos inerentes aspectos sociológicos, permite-nos aferir das convenções poéticas que orientaram o ideário estético dos princípios do século XVII e entender como, ao tempo, se procuraram sistematizar as bases para a constituião de urna actividade de crítica literária vernacular, em diálogo com as suas congéneres europeias. Tal é a finalidade deste estudo que, situado no âmbito da Literatura Comparada, procura igualmente dar conta da génese e gradual emancipação do espaço literário português.
Editeur : Publicações do CIDEHUS
Publication : 19 décembre 2018
Intérieur : Noir & blanc
Support(s) : Livre numérique eBook [PDF + ePub + Mobi/Kindle + WEB]
Contenu(s) : PDF, ePub, Mobi/Kindle, WEB
Protection(s) : Marquage social (PDF), Marquage social (ePub), Marquage social (Mobi/Kindle), DRM (WEB)
Taille(s) : 1,53 Mo (PDF), 1,61 Mo (ePub), 3,86 Mo (Mobi/Kindle), 1 octet (WEB)
Langue(s) : Portugais
Code(s) CLIL : 3643
EAN13 Livre numérique eBook [PDF + ePub + Mobi/Kindle + WEB] : 9791036514104
EAN13 (papier) : 9789727726172
Patrick Bergeron, François Ouellet
19,99 €